Bem vindos ao "Coisinho da Mamãe", um blog criado para compartilhar as experiências, tonteiras e emoções de uma mãe de primeira viagem, meio louquinha, não muito feminina, mas cheia de amor pelo seu bebezinho.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Depois Falam das Mães Brasileiras

Quando você para pra ler e saber como as mães cuidam dos filhos, em fórums como o BabyCenter, fica até meio bobo com algumas coisas que as mães falam. Mas no geral, não tem nada de extraordinariamente esquisito.

As mães brasileiras reclamam que queriam dormir a noite inteira, que não têm paciência de acordar toda noite pra cuidar de crianças, que mesmo amamentando no peito, também dão mamadeira de NAN, só pra ter como o pai ajudar e elas poderem dormir um pouco mais.

As mães que, como eu, escolheram ficar grudadas nos filhos, ficam apavoradas quando lêem esse tipo de coisa. Surgem pensamentos do tipo: "pra quê foi ter filho se não quer criar?" e similares. Claro que, como é da minha natureza respeitar as pessoas e não ser intrometida, eu procuro afastar esses pensamentos assim que eles surgem.

Pois bem, resolvi também participar do BabyCenter estadunidense, para ter uma idéia de como as mães lá fora criam os filhotes. Poxa, primeiro mundo, elas devem ser um exemplo, né?

O Carvalho!

Segundo as conversas nos fórums, elas já acostumam os bebês de um mês a dormirem 8 horas DIRETO, sem dar uma mamadinha sequer de madrugada. De dois meses e meio em diante, eles já estão dormindo 12 horas direto, sem acordar pra mamar! Caramba, nem eu fico 12 horas direto sem comer nada! o.O' Obviamente, as crianças não estão morrendo por isso, e nem ficando desnutridas, já que é sabido que a grande maioria dos estadunidenses estão é bem acima do peso. Mas pensa só, uma criança sem mamar esse tempo todo? O coitadinho já aprendeu a não reclamar, mas é claro que tá verdinho de fome, poxa!

Outra coisa "interessante" que eu li, e que tive que rir, apesar da maldade, foi sobre cães.

Eu tenho duas cadelinhas de raça: uma vira lata e uma rasga saco. Quando o Victor nasceu, meu marido trazia paninhos da maternidade pra elas cheirarem, e dava carinho e petisquinhos enquanto elas sentiam o cheirinho do bebê. Quando Victor veio pra casa, eu as deixava vê-lo de longe, nos primeiros 15 dias. Depois fui aproximando mais e mais. Esse final de semana, ele estava no carrinho, e a Cerby (diminutivo de Cérberus) lambendo os pezinhos dele. Tudo sempre vigiadinho, claro!

Pois é, lá no fórum das estadunidenses, elas estavam trocando experiências sobre como acostumar animais de estimação com o bebê, e várias diziam que, desde que descobriram que estavam grávidas, começaram a puxar as orelhas e caudas do bichos, e dar bronca se eles se defendessem, pra eles irem acostumando e não atacar o bebê depois o.O... Meu, quanta ogrisse!

Moral da história: dinheiro é tudo! Quem tem dinheiro, pode ser primeiro mundo mesmo fazendo essas merdas todas!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A Encantadora de Bebês


Esse é um livro que, acredito, todo mundo que tem ou vai ter um bebê em breve, já ouviu falar, ou até já leu. Escrito por Tracy Hogg, uma autora britânica, que infelizmente faleceu com um câncer de pele em 2004, com apenas 44 anos.

Eu não sou adepta do livro, pra ser bem honesta, porque tem muitas coisas que eu não concordo, como:

Ensinar o bebê a dormir a noite toda desde o primeiro mês de vida: ao meu ver, uma criaturinha em pleno desenvolvimento precisa se alimentar bastante. Não tem como deixá-la 8 horas sem mamar! Além do mais, o bichinho vive de leite, gente! Leite digere rápido, tadinho... vai você, passar oito horas só com um copinho de leite!

Não tirar o bebê do berço quando ele chora; acalmá-lo sem colo, pra ele aprender a se acalmar sozinho: ah, vá... um bebê pequeno precisa de carinho tanto quanto precisa de alimento. E carinho = colinho. Dar bastante colo pro filhote só vai fazer bem pra ele. E pra mamãe também, acredite!

Não ninar o bebê até ele dormir, colocar ainda acordado no berço: eu até acho bom meu bebê aprender a dormir sozinho (e ele dorme, acreditem!), mas ninar meu filho não é obrigação, é prazer! E é carinho, também!

Não colocar o bebê para dormir logo depois de comer: essa eu acho engraçada, porque ela fala mais ou menos isso: "Você por acaso gosta de dormir logo depois de comer? Não, né! Então não faça isso com seu filho!" E eu respondo, mentalmente: "Tá brincando, dona Tracy? Um dos maiores prazeres da vida é dormir depois de comer! 8D" - De fato, eu sempre deixo meu bebê dormir depois de mamar, sim. Assim como eu sempre gosto de cochilar depois do almoço, oras!

Criar uma rotinha para o bebê:  na verdade, eu não acho isso ruim! Eu não sou a pessoa mais organizada do mundo, mas apesar disso, gosto de ter uma rotininha. Tanto é que, se alguém for me convidar pra sair, por exemplo, tem que fazer o convite com pelo menos 24 horas de antecedência. Sabe aqueles amigos que ligam te convidando pra sair dali meia hora? Tem gente que adora. Eu detesto! Tenho que me planejar até pra tomar sorvete! Então, acho muito bom, pra mim e pro meu filhote, ter uma rotina pra ele. Mas, diferente do que a autora propõe, eu acredito que meu bebê sabe, sim, o que é melhor pra ele! Eu deixei que ele estabelecesse a própria rotina, e adivinha?
Foi perfeito! Não forcei nada, em momento algum, e ele tem os horários certinhos pra tudo!

Mas tirando essas coisas, devo dizer que gostei de muitas coisas no livro!

O respeito da autora pelos bebês, por exemplo. Ela os trata como "pessoinhas", e não como digimons que um dia digivoluirão para humanos. Eu sempre digo que meu filho pode ser bonitinho e fofinho, mas é uma "gentinha", não é um brinquedo ou um bichinho, que vai virar gente quando crescer. Adoro, por exemplo, quando a dona Tracy diz que não se pode agarrar o bebê, tirar a fralda e cutucar a bunda dele sem dar qualquer satisfação. Tem que limpar ele, claro, mas explique sempre o que vai fazer, e peça lincença antes de começar. Inclusive, tomando esse tipo de cuidado, corre menos risco de os pais cuidarem do bebê mecanincamente. =D

Os "tipos de bebês", da forma que ela classifica no livro, também são interessantes. O meu é uma mistura de "Livro-Texto" e "Anjo", com um pouquinho de "Sensível". Sou
uma mãe muito sortuda! haha <3

Outra coisa que gosto muito também são algumas das técnicas e sugestões dela:

EASY - Comer, Brincar e Dormir (Eat, Activity and Sleep), e tempo para a mamãe (You). Não é tão fácil de aplicar, mas ajuda bastante quando você consegue!

SLOW - Pare, Ouça o bebê chorar, Observe o bebê, Pergunte-se o que está acontecendo (Stop, Listen, Observe and ask What's Up). Ao invés de correr e enfiar a teta na boca da criaturinha no primeiro "nhé", respeire fundo, escute o choro e observe os movimentos do bebê. Tente decifrar o porque de ele estar chorando, para melhor atendê-lo. Calar a boca dele com leite não resolve o problema, só diminui o barulho! Isso é algo que eu já meio que tinha em mente, mas que o livro me ajudou a definir como fazer. O mais difícil, pra mim, é aplicar o SLOW quando tem gente - qualquer pessoa - por perto. Porque se você não corre atender a criança, e se deixa ela chorar
mais que um minuto, fica todo mundo achando que você está sendo negligente, te censurando, dando palpite e, em alguns casos, querendo até correr na sua frente pra acalmar o bebê pra você, como se você não fosse capaz de fazê-lo... Mas a técnica é ótima, os pitacos é que não são! haha~

Não fazer "festinha" quando vai atender o bebê durante a madrugada, pra ele entender que é pra mamar e voltar a dormir (mamá-mimi, como eu brinco aqui em casa). Eu achava que era senso comum isso, aliás, mas como as pessoas parecem cada vez mais despreparadas pra tudo, não custa relembrá-las.


Enfim. Eu acredito plenamente no instinto materno. Acho que a mãe, inconscientemente, sabe o que é melhor para seu bebê. É sempre bom estudar e aprender o que outras mães e especialistas tem a dizer, mas a mãe tem que saber triar o que ouve ou lê, separando o que é ou não útil para si e para seu filho. Nenhum livro desses deveria ser seguido à risca! Se a mãe tiver consciência disso, se souber ler separando o que acha ou não certo, então eu recomendo que leia "A Encantadora de Bebês".

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Viajando na Maionese

Ultimamente, meu amor e eu temos notado que o Victor, volta e meia, se perde em pensamentos!

De repente ele tá lá, olhando para o nada. E fica assim um tempão. Se a gente chega agarrando, ou falando mais alto, ele assusta e começa a chorar. Temos que ir conversando até ele perceber que estamos perto, pra só então tocá-lo.

Ele fica igualmente distraído quando está brincando. Mas é diferente, acho.

Por enquanto, só acho bonitinho. Na próxima consulta de rotina, vou comentar isso com o médico, e descobrir se é algo normal, ou se é pra eu me preocupar!

De toda forma, tanto a mãe quanto o pai são introvertidos, e gostam de passar bastante tempo reinando o mundinho mental deles. Vai ver essa tendência é hereditária? haha~